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terça-feira, 19 de novembro de 2013

QUILOMBO DOS PALMARES...




                 Ao longo dos anos ela é palco mometâneo de comemorações esporádicas, especificamento no 20 de Novembro de cada época, pessoas que se dizem ou se transformam em Negros nesse dia festivo, se exaltam em memória de uma história dita e desconhecida por ele mesmo. Não estou aqui à criticar A ou B, mas sim a atitude que não temos em nossos dias, de respeito, verdade e autenticidade com o legado deixado por nossos antepassados.  Sim!! Eu sou um Negro! E como a maioria também sou culpado dessa cumplicidade intríseca em nosso íntimo. A verdade é, no dia dia, não estamos nem aí para a importância do significado que trás o tom de nossa pele. Agora quando se trata de festa,  Oxe! Tô nessa!! E principalmente quando é comemorando algum acontecimento da Etnia, na mesma hora diz: Eu sou Negão! E meu coração é a liberdade!! Trata logo de trançar o cabelo, colocar uma camiseta com uma foto de um Negro, que na real nem Zumbí é! Sair por ai curtindo uma de Afrodescendente como se diz. Tudo isso apenas em um dia. Após, essa figura trata de tirar sua fantasia, e voltar pra sua realidade recheada de preconceitos consigo mesma.

          Oh! Serra da Barriga, vós que fostes palco de refúgio familiar, e de guerrilha de teus inimigos, oásis de Floresta fechada, em tuas paliçadas protetoras naturais de teus habitantes, não te negastes em acolher teus colaboradores miscigenados de tons e cores, se ao menos eu tivesse a idéia de tua importância te venerava como um altar Consagrado Natural de resistência, foi lá! Onde os primeiros hérois de nossa legítima história se iniciou, onde nossa população real surgiu e nasceu, agora sem registros não provamos nada, os livros não fomos nós quem escrevemos, e nossa verdadeira história foi contada de forma errada.

           Nos dias de hoje, ainda existem quilombos rurais, comunidades que ainda se quer foram registradas e ou, reconhecidas pelo governo, enquanto nas grandes cidades, os morros e favelas, são os novos quilombos urbanos, o que restou para esse povo que construiu o Brasil de ponta a ponta? Com sua mão de obra escrava, suor esse derramado junto ao sangue, para que hoje podemos usufruir de poucos benefícios que nos deram como verdadeiras esmolas. Os que diziam civilizados, eram os próprios criadores dos mais horrendos instrumentos de torturas da escravatura, fora ele, os praticantes das normas da civilidade familiar da época, e até mesmo com o apoio da Igreja da qual também se beneficiava dos senhores da sociedade.

         Ainda hoje, esperamos um Zumbí! Que venha a nos comandar! E assim, nos tornarmos forte e organizado para então lutarmos por nossos direitos como foi um dia. Acredito que esse sentimento está em cada um de nós, depende agora dar-mos o nosso grito de Liberdade antes que seja tarde!!
Por: MAZZOLA
          

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