Saudades do Rei do Baião

       Senhor Deus, venha me ungir, dá-me a tua permissão para que eu possa escrever movido de inspiração, e exaltar a memória relembrando a trajetória do nosso Rei do Baião.
       Treze do mês de Dezembro, em doze não há engano, do último século passado no sertão pernambucano Luiz Gonzaga nascia dia de Santa Luzia por graça do soberano.
        Seu Januário e Santana um devotado casal, foram os pais desse menino, o Pai em especial, já tocava com prazer, e Luiz só podia ser Sanfoneiro gerinal.
        A família forrozeira nascia neste ambiente, Januário na sanfona era velho competente, no forró se destacou, mas Gonzaga se tornou o seu maior expoente.
        Sua primeira sanfona foi tábua de salvação, no momento que fugiu pos ela no matulão, pra ir a outro estado vendê-la foi obrigado pra pagar a condução.
         Foi na década de quarenta do século vinte passado, que Luiz Rei do Baião, conquistou o seu reinado, pois cantava para o povo o Baião, um ritmo novo filho de forró forrado.
         Devido o grande sucesso que fez o Rei do Baião, por toda parte surgiu escolas de formação, e formaram sanfoneiros orgulhosos dessa nação.
         O velho Lua cantava exaltando as tradições o folclore e os costumes de diversas regiões, mas era um homem comum que nasceu com esse dom de criar belas canções.
         Muitas canções de Gonzaga mostrava a contradição entre um Brasil muito rico, e outro sem condição, esse pobre era o Nordeste onde a seca, fome e peste matavam sem compaixão.
         O nosso Rei do Baião tinha versatilidade por isso ele conseguiu tornar-se celebridade, venceu e foi exaltado e sempre será lembrado por sua capacidade.
         Aqui busquei exaltar os feitos e a trajetória do grande Luiz Gonzaga homem que merece glória, porque soube conquistar e nosso povo cantar e assim entrou pra história.

Literatura de Cordel
Autores: Evaristo Geraldo e Antônio Queiroz de França
OBS: Nossas riquesas regionais