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terça-feira, 10 de setembro de 2013

NUAS NA INTERNET: AS VÍTIMAS SÃO ELAS





Big Brother Brasil, A Fazenda e toda sorte de “realities shows” que transformam anônimos - ou quase isso - em celebridades têm, há bastante tempo, despertado em meninos e meninas a ideia de que a fama é capaz de transpor e vencer todas as barreiras.
Hoje os jovens não sonham em ser médicos, advogados, professores ou astronautas, mas, sim, famosos. Pelo custo que for, desde que o objetivo seja alcançado.
Num país onde personagens são cultuados pelo que aparentam ou pelo que têm, não é de se surpreender que crianças, adolescentes e muitos adultos espelhem-se em famosos-por-coisa-nenhuma do que em bons e célebres profissionais.
Não há como reprovar que nossas crianças sonhem com a fama, comportamo-nos como se isso por si só bastasse e como se fosse realmente o que mais importa. Acima de valores e de princípios, aliás, honra - o que é isso mesmo?
Na última semana fiquei surpresa e assustada com imagens divulgadas na internet - em especial pelo whatsapp - de garotas alagoanas nuas. As imagens foram feitas com o consentimento, ao menos é o que parece. E concluindo a partir das histórias que muito se ouve, ambas podem ter sido vítimas de ex-namorados ou de alguém que se apoderou de forma furtiva destas imagens.
Decerto que muitos dos leitores lembram do caso da atriz Carolina Dieckmann. Vazaram suas fotos depois que seu computador foi para a manutenção. A confusão que a atriz fez foi tamanha que o Congresso Nacional elaborou a Lei Carolina Dieckmann, que visa a tipificação de crimes cibernéticos.
O que causa estranheza não é tanto a existência das fotos das garotas alagoanas, mas sua divulgação. Provavelmente essas meninas não queriam ganhar fama a esse preço, mas aqueles que tiveram acesso a essas imagens acreditaram que sua divulgação seria algo aceito socialmente.
O mais incrível é que as imagens são aceitas, sua exposição causa euforia em quem as vê, isso porque é muito cômodo julgar o outro, o desconhecido, aquele que passa por um constrangimento. Chato seria se fôssemos nós, mas os outros?! tranquilo...
Lamento pelas meninas, lamento por quem divulgou, mas lamento muito mais por essa sociedade de hipócritas. Muitos que apontam condenando não se preocupam em entender o contexto e ver que as vítimas são exatamente as meninas, e preferem julgar como se essa ação não fosse por si bem pior do que se expor para uma câmera.
Com isso quero deixar aqui meu apoio às vítimas de vazamento de imagens íntimas, mas também um conselho: antes de se aventurarem a registrar imagens que não querem que caiam na internet, pensem muito bem. Pois o que vemos hoje são lobos loucos por mais uma ovelha que lhes deem o prazer do “linchamento em praça pública”. 
Por: Candice Almeida

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