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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

HAJA IDIOTIZAÇÃO...



A “idiotização dos adultos” não é expressão nova, na verdade todos os filósofos e pensadores da atualidade já diagnosticaram o que nossa sociedade tem mais fulgente: que sua perspicácia, seu poder de indignação e sua capacidade de pensar por si mesma já não têm a mesma intensidade de outrora.
Que não sejam os mesmos ideais, é até importante, mas que tenha algum ideal, que seja capaz de sonhar, que encontre a necessidade de mudança, que mantenha o cunho crítico de outros tempos.
Não que outros tempos tenham sido melhores, mas é lamentável que o passado não seja revisitado com alguma constância, que já não haja curiosidade sobre a própria história e que a resignação seja a nova moda.
A moda virtual, que se consolidou com as redes sociais, de criação de “memes” parece mais um artifício daqueles que querem escravizar as poucas mentes pensantes que ainda restam (não que estejam apenas na internet), dando-lhes o que de mais fácil há para assimilar.
A língua portuguesa não é das mais fáceis – não é novidade – mas a novidade é que em vez de incentivar a leitura e busca criativa pelas construções lexicais, o que temos visto é uma enxurrada de expressões incorretas e que facilmente “caem no gosto da galera”.
#taserto #comofas #ryca Inclusive é possível encontrar a definição de tais expressões (e outras) na própria internet. “É derivada de um idioma fictício também criado na net (tiopês), que consiste simplesmente em escrever o português totalmente errado”.
Pois é, simplesmente escrever o português totalmente errado, como se isso fosse besteira, como se a internet não estivesse repleta de jovens em formação, como se nós já não nos revoltássemos com a falta de educação (de qualidade) em todos os níveis e agora nós, a geração que ia mudar o mundo – parafraseando Cazuza –, tivéssemos simplesmente jogado a toalha.
Teríamos desistido? Chegamos à tamanha acefalia que já não desejamos um amanhã melhor, já não queremos uma educação melhor, já desistimos de fazer a nossa parte?
Muito interessante ver essa mesma geração que há meses foi às ruas pedir mais #educação #saúde #segurançapública #transparência tenha esquecido da lição mais simples, a mais clara, a mais óbvia – o exemplo.
Sob o manto da simplicidade e da democratização do acesso à informação, não é possível que aceitemos que “memes” cretinas, os quais só servem para “idiotizar” o leitor, sejam incentivadas.
“Deixa a onda me levar” parece que todos cantam em uníssono. Acordam e vão se deitar esperando que o próximo dia surja e com ele os novos passos que naturalmente deverão ser dados. Ora, mas por que os novos passos devem ser dados conforme a música? Por que já não é aceito o pensamento crítico e divergente? Não qualquer pensamento imposto, mas aquele cujo argumento o alicerça e é capaz de conquistar/convencer, ou não, mas que insta a pensar.
Resolvi me rebelar, resolvi acordar!
Por: Candice Almeida

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