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terça-feira, 16 de abril de 2013

SOCIEDADE DE HIPÓCRITAS!!!


É exatamente isto o que estamos vivendo. As pessoas estão acomodadas às verdades postas, não às questionam e deixaram de pensar para apenas replicar.

O sistema educacional faliu, está falido, o povo brasileiro é ignorante, e ignorante na pior acepção da palavra. Ele é, em regra, mal educado no trânsito, mal educado nas relações diárias com outras pessoas, mal educado com empregados, com patrões, principalmente se forem ex-patrões, com pais, com filhos, com marido ou esposa, com tudo e com todos.

Óbvio que há exceções, claro que é possível encontrar, ainda que meio escondido, algum bom senso desorientado por aí, sendo apedrejado, prejulgado e pré-condenado por quem está satisfeito em ser um "mini-me".

Ora, não vejo ninguém reclamando da qualidade da educação, da satisfação de professores e alunos, dos livros que são recomendados às crianças (quando são), da forma como essas crianças são alfabetizadas e educadas.

O brasileiro habituou-se a ir para a escola e receber o conteúdo "mastigado", como um bebê-pássaro que recebe o alimento pela boca da mãe, e não a pensar, ir para escola para debater o que é dito em livros e tirar as dúvidas que naturalmente surgem.

Mas quem passa esse conteúdo "mastigado" para as crianças em formação? O professor desvalorizado, cansado, humilhado? A mãe, o pai, que passa o dia inteiro na rua trabalhando para complementar a renda? A babá, que muitas vezes - principalmente aqui em Alagoas - mal sabe ler e escrever o próprio nome? Ou a tv, os programas infantis cheios de "merchandising" e a publicidade e propaganda voltada para a criança, despertando desejos efêmeros?

Estão todos muito satisfeitos em serem educados por leis, exatamente!, todo mundo muito feliz com as leis que surgem o tempo todo emanadas da mesma classe política que todos vivem a criticar, agora acredito, de forma aleatória, porque outro criticou antes e não porque realmente saiba o que diz, senão questionaria muito mais antes de balançar a cabeça feito calango aceitando verdades postas pelos mais diversos canais (e não só de tv) de "padronização de comportamento".

Estão todos - cada vez mais gente nessa "onda" - muito felizes e satisfeitos com normas, regulamentos e leis disciplinando como pais devem tratar os filhos; como a escola não pode reprovar o aluno; como os jovens devem tratar os idosos e como todos devem tratar as crianças; como os índios devem ser respeitados; como podemos e devemos tratar o meio ambiente; como o consumidor deve ser tratado; como devemos dirigir...

Enfim, para tudo há lei e cada vez mais leis. E as pessoas estão muito satisfeitas por serem educadas por lei e não pela escola, ou pela família. Escolhem (acham que escolheu) um programa de tv/rádio preferido e aceitam tudo o que é dito como verdade absoluta; ou um partido, seja pela ideologia ou não. Mas quem tem ideologia? A ideologia é de quem? Você sabe mesmo o que pensa? Ou só prefere a conversa deste ou daquele partido?; ou a bíblia ou outro livro sagrado, aliás a interpretação A, B, C ou outra qualquer.

E depois aceitar e adotar para si, acreditar piamente que é a "doutrina" (midiática/política/religiosa) mais correta e perfeita e jamais cometerá um erro, nem ninguém que componha suas fileiras.
Cadê o bom senso?

"Os preconceitos têm mais raízes que os princípios". (N. Maquiavel)

Estão todos muito satisfeitos em adotar posições e posturas impostas, tornando-se meros replicadores, incapazes de pensar por si mesmos, mas cumpridores fiéis da lei (entenda de forma abrangente). Não que não devam cumpri-la, devem sim, mas não podem aceitar sem questionar.

Vocês se perguntam o que realmente move as pessoas que apoiam certas leis? O que realmente motiva pessoas que apresentam doutrinas e ideologias como a salvação (religiosa, moral, social)? Talvez nunca saibamos, mas é essencial nos perguntarmos, arguir os outros e levantar debates. Debates respeitosos, claro!

O processo legislativo, em especial, é, em regra, longo e com a participação direta de políticos que nos representam. Já somos fruto de um país que não valoriza a educação e que agora opta por nos educar mediante leis, e não por meio de professores valorizados, que, ao menos, aqueles perdidos por aí, com bom senso e sem saber para onde olhar e como agir nessa sociedade de padrões hipócritas, ajam como cidadãos, arguindo e questionando, participando de audiências públicas e debatendo, com respeito e educação para que as próximas gerações não padeçam do mesmo mal dos dias de hoje.

Que o povo brasileiro deixe de mitificar autoridades/religiosos/celebridades e assuma seu papel de cidadão e passe a fiscalizar e cobrar resultados.




Por: Candice Almeida


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